Redução de turmas está a provocar revolta no concelho
Juntas e associações de pais ameaçam fechar escolas
Juntas e associações de pais de praticamente todos os agrupamentos escolares de Barcelos estão na disposição de impedir o início das aulas no ensino primário no próximo ano lectivo, prevendo-se uma rentrée atribulada.
Depois de Galegos S. Martinho se ter manifestado, tal como o BP noticiou a semana passada, foi agora a vez de Carvalhal, Pereira, Alvelos, Silva, Vila Frescainha S. Pedro e Rio Covo Santa Eugénia reunirem-se para marcarem uma posição contra a decisão da DREN em reduzir o número de turmas, poupando, assim, no ordenado dos professores que serão dispensados e cumprindo uma meta estabelecida já no ano passado – cada turma terá de ter 24 alunos.
Câmara solidária com freguesias
Numa reunião realizada sexta-feira, Junta e Associação de Pais de Carvalhal ameaçaram "fazer greve às aulas", caso a decisão se mantenha. A autarca Sameiro Serra disse que a decisão "é política", sobretudo quando se sabe que os alunos "excedentes" de Carvalhal serão transferidos para Remelhe, freguesia de uma autarquia PS. A presidente de Junta e uma comitiva de encarregados de educação foram recebidos pela vereadora da Educação, ao início dessa noite. Armandina Saleiro disse no final do encontro aos jornalistas que pouco pode fazer a não ser encaminhar o descontentamento das populações aos organismos competentes: "A constituição de turmas não é uma competência da Câmara Municipal. Passa única e exclusivamente pela Direcção Regional e pela Equipa de Apoio às Escolas". A autarca garantiu ter manifestado o "descontentamento e preocupação" do executivo, no entanto, foi-lhe respondido que havia orientações para que o Despacho fosse cumprido. Agora, até 31 Julho, a Câmara aconselhou as pessoas e entidades que tem recebido a exporem as situações junto da DREN, até 31 de Julho – data em que serão publicadas as listas – na esperança de esta alterar as "situações excepcionais".
Junta de Santa Eugénia na disposição de pagar um professor
Augusto Dias, presidente de Junta de Santa Eugénia, confirmou ao BP a existência de um abaixo-assinado, a exemplo da maioria das freguesias envolvidas, para enviar à DREN. O autarca garante o apoio à sua população contra uma decisão que considera de "incongruente. Nós garantimos à DREN que conseguíamos arranjar matrículas para as quatro salas mas é inadmissível a chantagem que fizeram connosco de só aceitarem matrículas se os chamados 12 condicionais que temos se mantiverem no jardim-de-infância". Dias mostrou-se ainda surpreendido por não aceitarem que a Junta, ao abrigo do POC, através de um protocolo com o IEFP, contrate um professor por um ano, com o argumento de ser um procedimento ilegal.
Também aqui os pais estão dispostos a fechar a escola em Setembro.
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